Resumen La fenomenología es una corriente de pensamiento fundada a comienzos del siglo XX por Edmund Husserl y continuada por autores como Max Scheler, Martin Heidegger, Aron Gurwitsch, Eugen Fink, Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty, Emmanuel Lévinas y Michel Henry. A pesar de su carácter y origen netamente filosóficos, se trata de una tradición multidisciplinaria. El máximo exponente de la misma en el campo de la sociología es Alfred Schutz, internacionalmente reconocido como el padre fundador de la fenomenología social o sociología fenomenológica. Salvo contadas excepciones, en la sociología hispanoparlante prácticamente no existen discusiones exhaustivas y actualizadas con la fenomenología en general ni con la obra de Schutz y sus discípulos en particular. El déficit fenomenológico de la literatura sociológica en castellano es consecuencia de cuatro obstáculos epistemológicos: a) barreras idiomáticas, que dificultan el acceso a la bibliografía relevante; b) complicaciones en la relación interdisciplinaria entre filosofía y sociología; c) prejuicios negativos contra el abordaje fenomenológico y fenomenológico de lo social; y d) usos descuidados e imprecisos del término "fenomenología". El presente artículo parte de la siguiente premisa: solo puede comprenderse la relevancia de la fenomenología para el quehacer sociológico si se cuenta con un entendimiento acabado de la misma en su sentido filosófico original. Con el objetivo de corregir el estado deficitario de la literatura en nuestra lengua, en este texto me propongo brindar una introducción actualizada al abordaje fenomenológico, especialmente dirigida a sociólogos. El texto está estructurado en cuatro apartados. En el primero se esboza una definición preliminar de la fenomenología como "estilo" teórico; en el segundo se circunscribe su objeto de estudio: el campo de la experiencia preteórica; en la tercera sección se exponen los rasgos fundamentales del método fenomenológico y en la cuarta se brinda una visión de conjunto del modo en que la fenomenología puede aplicarse en el campo de la sociología. Descriptores: fenomenología, fenomenología social, sociología fenomenológica, teoría sociológica.
Abstract Phenomenology is a school of thought founded by Edmund Husserl at the beginning of the 20th century and continued by authors such as Max Scheler, Martin Heidegger, Aron Gurwitsch, Eugen Fink, Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty, Emmanuel Lévinas, and Michel Henry. Despite its philosophical nature and origin, it is a multidisci-plinary tradition. Its greatest exponent in the field of sociology is Alfred Schutz, interna-tionally recognized as the founding father of social phenomenology or phenomenological sociology. With few exceptions, in spanish-speaking sociology there are practically no exhaustive and up-to-date confrontations with phenomenology in general and with the work of Schutz and his disciples. The phenomenological deficit of sociological literature in spanish is a consequence of four epistemological obstacles: a) language barriers that make it difficult to access the relevant bibliography; b) complications in the interdisci-plinary relationship between philosophy and sociology; c) negative prejudices against the social-phenomenological and phenomenological approach; and d) imprecise uses of the term "phenomenology". This article starts from the premise that the relevance of the phenomenological approach for sociology can only be fully appreciated if one has a complete understanding of phenomenology in its original philosophical sense. To correct the shortcomings of the spanish-speaking literature, in this text I intend to provide an updated introduction to the phenomenological approach especially aimed at sociologists. The article is structured into four sections. In the first one I give a preliminary definition of phenomenology as a theoretical "style". In the second one I attempt to circumscribe its subject matter: the field of pre-theoretical experience; the third section expounds the main features of the phenomenological method; and the fourth one gives an overview of the way in which phenomenology can be applied in the field of sociology. Descriptors: phenomenology, social phenomenology, phenomenological sociology, sociological theory.
Resumo A fenomenologia é uma corrente de pensamento fundada no início do século 20 por Edmund Husserl e continuada por autores como Max Scheler, Martin Heidegger, Aron Gurwitsch, Eugen Fink, Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty, Emmanuel Lévinas e Michel Henry. Apesar de seu caráter e origem puramente filosóficos, é uma tradição multidisciplinar. O maior expoente dessa tradição no campo da sociologia é Alfred Schutz, reconhecido internacionalmente como o pai fundador da "fenomenologia social" ou "sociologia fenomenológica". Com poucas exceções, na sociologia de língua espanhola praticamente não há confrontações exaustivas e atualizadas com a fenomenologia em geral ou com a obra de Schutz e seus discípulos em particular. O déficit fenomenológico da literatura sociológica em espanhol é consequência de quatro obstáculos epistemológicos: (a) barreiras linguísticas que dificultam o acesso à bibliografia pertinente, (b) complicações envolvidas na relação interdisciplinar entre filosofia e sociologia, (c) preconceitos negativos contra a abordagem fenomenológica (-social) e (d) usos descuidados e imprecisos do termo "fenomenologia". Este artigo parte da seguinte premissa: a relevância da fenomenologia para o trabalho sociológico só pode ser totalmente apreciada se tivermos uma compreensão completa dela em seu sentido filosófico original. Com o objetivo de corrigir o estado deficiente da literatura em espanhol, proponho-me neste texto apresentar uma introdução atualizada à abordagem fenomenológica dirigida especialmente aos sociólogos. O texto está estruturado em quatro seções. Na primeira delas (1), esboça-se uma definição preliminar da fenomenologia como "estilo" teórico. Na segunda (2), procura-se circunscrever seu objeto de estudo: o campo da experiência pré-teórica. A terceira seção (3) expõe as características fundamentais do método fenomenológico. E a quarta (4) dá uma visão geral das diferentes maneira como pelas quais a fenomenologia pode tem sido ser aplicada no campo da sociologia. E a quarta (4) fornece uma visão geral das contribuições de Alfred Schutz para a reflexão sobre a aplicação da fenomenologia na sociologia. Descritores: fenomenologia, fenomenologia social, sociologia fenomenológica, teoria sociológica.
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