Resumen Este artículo busca mostrar que una parte importante de la literatura contemporánea generalmente clasificada como "derecho constitucional comparado" opera bajo una concepción de la naturaleza de las constituciones que se encuentra en tensión con la democracia o, más específicamente, con lo que denomino la "teoría constitucional democrática". Para defender este argumento, se examinarán algunos trabajos de figuras importantes en esta disciplina, incluyendo a Rosalind Dixon, David Landau, Tom Ginsburg, Aziz Huq y Richard Albert, con el objetivo de identificar las maneras en las que reproducen, explícita o implícitamente, un punto de vista particular acerca de lo que las constituciones deberían hacer. Ese punto de vista, el cual puede identificarse como "liberal", se caracteriza por entender a las constituciones, ante todo, como mecanismos para limitar el poder político. El resultado son trabajos que reflejan lo que llamaré problemas de puntos ciegos, de minimización de la democracia, de esterilización del conflicto político y de ausencia de materialidad. Pero el limitar el ejercicio del poder político no es el único propósito atribuible a una constitución; desde la perspectiva de una teoría constitucional democrática, una constitución se entendería como un mecanismo dirigido a facilitar el autogobierno popular. El artículo está dividido en tres partes. Primero, se identificará el ámbito de lo que entiendo por "teoría constitucional" y se compararán las formas dominantes de teorización liberales con aquellas que son más democráticas. Segundo, se argumentará que, al operar bajo la aproximación liberal, el derecho constitucional comparado frecuentemente sufre de los cuatro problemas identificados anteriormente. Por último, se ofrecerá una breve reflexión sobre la posible democratización de la disciplina.
Abstract This article seeks to show that a significant part of the contemporary literature generally classified as comparative constitutional law, works under a conception of the nature of constitutions which at odds with democracy or, more specifically, with what I will call democratic constitutional theory. This argument is defended by examining some of the works of key comparative constitutional law scholars of this discipline such as Rosalind Dixon, David Landau, Tom Ginsburg, Aziz Huq, and Richard Albert. The goal is to identify the ways in which they reproduce, explicitly or implicitly, a particular view of what constitutions ought to do. This point of view, which can be identified as 'liberal', is characterized by understanding constitutions as mechanisms to constrain political power. As a result, they reflect some problems that what I will call the problem of blind-spots the minimization of democracy, the sterilization of political conflict, and the absence of materiality. I will argue that constraining the exercise of political power is not the only purpose attributable to a constitution: from the perspective of a democratic constitutional theory, a constitution should be understood as a mechanism aimed at facilitating popular self-government. This article is composed of three sections. First, it explains what I mean by 'constitutional theory' and contrasts dominant forms of liberal theorization with more democratic ones. Second, it contends that, by operating under the liberal approach, comparative constitutional law frequently suffers from the four problems listed above. Third, it concludes with a brief reflection on the potential democratization of the discipline.
Resumo Neste artigo, busca-se mostrar que uma parte importante da literatura contemporánea, geralmente classificada como "direito constitucional comparado", opera sob uma concepção da natureza das constituições que se encontra em tensão com a democracia ou, mais especificamente, com o que denomino "teoria constitucional democrática". Para defender esse argumento, são examinados alguns trabalhos de figuras importantes nessa disciplina, incluindo Rosalind Dixon, David Landau, Tom Ginsburg, Aziz Huq e Richard Albert, com o objetivo de identificar as formas com as quais reproduzem, explícita ou implicitamente, um ponto de vista particular sobre o que as constituições deveriam fazer. Esse ponto de vista, o que pode ser identificado como "liberal", é caracterizado por entender as constituições, ante tudo, como mecanismos para limitar o poder político. O resultado são trabalhos que refletem o que chamo "problemas de pontos cegos", de minimização da democracia, de esterilização do conflito político e de ausência de materialidade. No entanto, o limitar o exercício do poder político não é o único propósito atribuível a uma constituição; da perspectiva de uma teoria constitucional democrática, uma constituição se entenderia como um mecanismo dirigido a facilitar o autogoverno popular. Este artigo está dividido em três partes. Na primeira, é identificado o ámbito do que entendo por "teoria constitucional" e são comparadas as formas dominantes de teorização liberais com aquelas que são mais democráticas. Na segunda parte, é argumentado que, ao operar sob a abordagem liberal, o direito constitucional comparado frequentemente sofre dos quatro problemas identificados anteriormente. Por último, é oferecida uma breve reflexão sobre a possível democratização da disciplina.
See how this article has been cited at scite.ai
scite shows how a scientific paper has been cited by providing the context of the citation, a classification describing whether it supports, mentions, or contrasts the cited claim, and a label indicating in which section the citation was made.